Marketing e propósito no setor de eventos viram debate no 7º Fórum de Turismo
18/12/2024
Paulo Octávio Almeida, o P.O., da UBRAFE, trouxe visões sobre novo cenário profissional e criação de comunidade Paulo Octávio Almeida, durante Fórum de Turismo
Divulgação/Viva Filmes/Louise Ribeiro
No 7º Fórum de Turismo, realizado pelo Santos Convention & Visitors Bureau em Santos Paulo Octávio Almeida, o P.O., Diretor Executivo da União Brasileira de Promotores de Eventos (UBRAFE), apresentou uma palestra para entender os desafios e tendências do setor de eventos. Almeida trouxe através de insights o modelo EHCP²S, baseado nos pilares Experiência, Híbrida, Comunidade, Propósito, Paixão e Sustentabilidade, discutindo como esses elementos estruturam eventos de sucesso no cenário atual.
Durante sua apresentação, P.O. destacou a ideia de que organizar um evento vai além do planejamento tradicional. Ele apresentou uma reflexão sobre como o papel do profissional da área tem sido limitado pelo conceito tradicional de “organizador de eventos”.
“O organizador de eventos é gestor de comunidade,” provocou. Segundo ele, a palavra “organizador” restringe a visão da profissão, pois sugere apenas a tarefa logística sem considerar o propósito e a conexão com o público.
Catalizadores de comunidade
Almeida explicou que, em vez de serem apenas organizadores, esses profissionais devem se posicionar como catalizadores de comunidade. “Se a gente conhecer a audiência e entender o que aquela audiência precisa, nós talvez tenhamos uma postura proativa do tipo de evento que vamos fazer, e não receber briefings e participar de concorrências não remuneradas”.
Octávio ressalta a importância de transformar o papel tradicional, com foco em criar experiências alinhadas às necessidades e expectativas do público, sem se limitar apenas a processos técnicos ou burocráticos.
Atual cenário
O palestrante ainda abordou as implicações do atual cenário competitivo do setor. Ele pontuou que muitas empresas acabam se colocando em situações de competição desnecessárias, gerando pressão e custos elevados. O profissional ressaltou a necessidade de repensar os modelos de concorrência e ressignificar a relação entre profissionais, empresas e clientes no setor.
Além disso, P.O. enfatizou que o propósito deve ser o fio condutor de qualquer evento. Segundo ele, criar experiências significativas requer mais do que planejamento financeiro, uma vez que é necessário compreender profundamente o comportamento humano, observar tendências e investir em estratégias que conversem diretamente com o público.
Com essas reflexões, Almeida trouxe uma visão inovadora ao setor, propondo uma nova mentalidade estratégica. Ele defendeu que a profissionalização deve passar pela criação de experiências significativas, através do uso da paixão, da construção de comunidade e da busca por propósitos claros.